“Não sei quantos mais vão acontecer”, disse Kelly Slater após a fabulosa vitória de Pipeline na semana passada. “Pode ser honestamente, talvez eu não apareça no Sunset.”
A alegação de não aparecer era o clássico jogo mental de Slater: manter a oposição adivinhando. No entanto, é verdade que Sunset tem sido um espinho no lado de Slater. Quando ele se empenhou no recife de Pipeline no início dos anos 1990, foi à custa da compreensão de Sunset.
Dos anos 60 aos 80, gerações de surfistas de ondas grandes se dedicaram ao Sunset; decifrar o imenso quebra-cabeça de Pau Malu. Como se viu, Slater não deveria conhecer Sunset; o primeiro ano em que competiu -1991- foi a última vez que a competição foi um evento de alto nível até depois da virada do século.
Pelo menos para o título mundial, Pipe é o que importa. Ele não precisava aparecer no Sunset, e em muitas ocasiões não o fazia.
No entanto, Slater sempre se considerou um surfista completo, capaz de competir em ondas grandes e pequenas, mas apesar de seu sucesso em todas as paradas do passeio, ele nunca foi presidido em Sunset Beach.
Então, em uma onda de boa vontade e confiança, esse poderia ser o ano de Slater?
Para chegar um pouco mais perto dessa resposta, nos voltamos para as estatísticas.
Slater velejou pela primeira vez em uma competição no Sunset em 1991, The Hard Rock World Cup. Isso foi antes da divisão CT/QS e, como estava fora do Top 16, Slater teve que passar nos testes. Ele passou por dois sets antes de terminar em último no terceiro, ultrapassado pelo brasileiro Mark Sainsbury, Mike Latronic e Eraldo Neto.
1991 – 57º lugar
Também em 1991, Slater velejou para o Xcel Pro, uma corrida de classificação mais baixa geralmente considerada um evento local. Ele foi o primeiro e único Slater a se apresentar no Xcel e chegou à semifinal.
1991 – 5º lugar
De 1992 a 2001, o evento Sunset foi classificado como QS, embora tenha permanecido como parte da Tríplice Coroa. Embora tenhamos os resultados de Slater, não temos os nomes das pessoas contra quem ele navegou.
1992 – 17º lugar
1993 – 49º lugar
1994 – 9º lugar
1995 – 49º lugar
1996 – DNS
1997 – 33º lugar
1998 – 3º lugar
1999 – 33º lugar
2000 – DNS
2001 – 55º lugar
Em 2002, a Rip Curl Cup at Sunset foi elevada ao status de CT. Slater foi derrotado no Round 3, derrotado por Kalani Robb, Shane Dorian e Luke Hitchings.
2002 – 25º lugar
Em 2003 foi uma repetição, fez a terceira rodada da Rip Curl Cup, derrotado pelo eventual vencedor Jake Paterson e Kalani Robb (de novo), com Manoa Drollet em quarto lugar.
2003 – 17º lugar
Em 2004, Sunset voltou ao QS e Slater só entrou esporadicamente na competição.
2004 – 13º lugar
2005 – DNS
2006 – 13º lugar
2007 – 2011 DNS
Em 2012 ele voltou ao round 3 e foi novamente eliminado pelo vencedor final, Ace Buchan, além de Jesse Mendes.
2012 – 17º lugar
Em 2013 só chegou à segunda fase, mais uma vez eliminado pelo vencedor, desta vez Alejo Muniz, mais Ezekiel Lau e Torrey Meister.
2013 – 25º lugar
DNS 2014 – 2015
Em 2016, Slater só superou os Quarters pela sexta vez (de dezoito partidas). Ele foi nocauteado nas semifinais pelo eventual vencedor Jordy Smith, esta é a quarta vez que ele também passou e Torrey Meister terminou em segundo.
2016 – 5º lugar
A última vez que Slater competiu no Sunset foi em 2019, chegando à quarta rodada, onde você não ficará surpreso ao saber que o vencedor final Cody Young empatou. Ele também foi ultrapassado por Gatien Delahaye e Jadson Andre.
2019 – 25º lugar
Das dezoito saídas no Sunset, a média de chegada de Slater é 25º. Em comparação, das trinta partidas no Pipeline Masters, sua média de chegada é pouco mais de 4º lugar (4,23).
Embora ele possa não aparecer em Sunset, Slater disse que estará lá até então. Será um caso de dezenove vezes o charme, ou as estatísticas contarão a história?
PS: Slater redesenhou Barron Mamiya em sua primeira rodada.